Em 1975 emigrei do Chile ao Brasil trazendo minha família, pois tinha sido contratado por uma empresa multinacional para trabalhar em São Paulo.
O Chile tinha saído de uma experiência traumática, após três anos (de1970 a1973) de governo encabeçado pelo médico socialista Salvador Allende. O país neste curto período viu-se arruinado, com escassez de todo tipo de produto, tanto de primeira necessidade,como também de alguns outros que precisava importar, por não ser auto-suficiente, como é o caso da farina, do açúcar, combustível etc.Naquela época, infeliz do Chile, existia racionamento e longas filas para o consumo diário, não era possível viajar de noite,pelo racionamento de combustível e o perigo de ser assaltado,nas rodovias.
A ordem interna encontrava-se alterada por manifestações a favor e contra o governo.O governo estimulava a paralisação das empresas, independentemente de seu tamanho, para confisca-las e passar a domínio do estado. A atividade agrícola estava paralisada por uma Reforma Agrária pressionada pelos trabalhadores rurais. Qualquer área com mais de 40 hectares era considerada apta para ser expropriada e com todos estes antecedentes é fácil entender o tamanho da crise, com redução drástica da produção industrial e agrícola, muito similar ao que acontece hoje na Venezuela, porém estamos falando de mais de 40 anos atrás.
Para comprar um carro era necessário pagar à vista, 100% do veículo com 6 meses de antecedência. O dólar paralelo valia 4 vezes o dólar oficial e o sonho dos chilenos era nesse então emigrar talvez para a Venezuela ou para o Brasil, países prósperos naquele então.
Chegamos ao Brasil que era governado por Ernesto Geisel e encontramos um país pujante com uma economia estabilizada, e moderna. Em contraste com o Chile, aqui no Brasil um carro custava metade do preço do mesmo veículo no Chile e podia ser financiado em até 48 meses com juros baixíssimo, além disso, havia abundante oferta de trabalho, preços estabilizados, enfim um paraíso em relação ao nosso país.
Os anos foram passando, o Chile começou a sair de sua crise lentamente com Pinochet responsável pelo governo e aplicando muitas vezes medidas antipopulares, privatizando a maioria das empresas que no governo anterior tinham sido estatizadas, e devolvendo as terras a seus verdadeiros donos. A reforma agrária foi abolida e os índices de crescimento industrial, produção agrícola, desemprego foram crescendo lentamente, transformado o pais e gerando benefícios aos seus cidadãos.
Por outro lado no Brasil após seu retorno à democracia, as dificuldades começaram, a inflação disparou e a corrupção também. Foi necessário, após várias tentativas, aplicar um choque forte para reduzir a inflação, o chamado plano Real. Houve um período calmo com o governo de Fernando Henrique Cardoso, mais com o Presidente seguinte LULA DA SILVA, a corrupção tornou-se incontrolável.
Após 25 anos no Brasil por motivos profissionais me radiquei na Argentina, que tinha um governo de esquerda Nestor Kirchner e, posteriormente, sua esposa, Cristina. Também neste pais a experiência socialista foi um completo fracasso, com inflação e elevado índice de corrupção e de desemprego.
Concluindo, posso testemunhar que tendo convivido com três governos socialistas em três países diferentes da América Latino, esta filosofia política é um completo fracasso, sacrifica fortemente a classe média e as classes menos favorecidas, em prol daqueles que não precisam de auxílio permitindo que a elite governante tire proveito do respaldo popular, oferecendo-lhe assim, lastro para assaltar ao estado. As outras correntes ideológicas e seus representantes também cometem irregularidades,pelo que é necessário uma fiscalização permanente dos escolhidos para evitar que nosso continente continue regredindo.
Para terminar, hoje no Chile um carro custa 50 % do seu valor no Brasil e seu financiamento tem taxas de juro inferior a 5% ao ano. Em 40 anos o paraíso transformou-se em um pesadelo e o pesadelo transformou-se em um exemplo de desenvolvimento. Vamos a usar as boas experiências dos diferentes países e de seus povos para tirar nosso continente do atraso e da pobreza.
Jaime Concha – Concepción – Chile
Creio que o senhor não conhece bem a história!!! Hoje, analisando o Brasil e o Chile vemos o que a direita neoliberal é capaz de provocar. Durante o período Lula/Dilma o Brasil viveu um período de progresso, com inclusão social. Foi necessário um golpe por parte da elite do atraso e do judiciário chefiado por agências de inteligência estadunidenses para que pudessem voltar ao poder. Olhe o estrago que a tão famigerada “Lava Jato” provocou no Brasil, demonstrado pelo Intercept Brasil”, onde o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma foram vítimas das mais absurdas perseguições. Hoje, seu país de origem sofre uma convulsão social, um país voltado a exportação de commodities que faz do seu povo escravos do neoliberalismo e cujos aposentados dão cabo a sua própria vida por não conseguirem sustentar a si e a seus dependentes. Lembro ainda ao senhor que o neoliberalismo é a porta de entrada do fascismo e que, no caso do Chile, o fascismo foi a porta de entrada do neoliberalismo que acaba com a classe trabalhadora.
Daniel, porque em vez de criticar você não escreve um texto… a esquerda é assim mesmo… crítica, critica, mas na hora de fazer: não faz
Creio que o Sr. Adilson não entende nada de nada.
Melhor não comentar o seu dito.
Parabéns ao Sr. Jaime Concha, devemos sim tentar ao máximo tirar nosso continente do atraso e da pobreza. Vamos excluir de vez essa bandeira vermelha comunista de nossas vidas.
– Preço do arroz é motivado pelo desmonte promovido por Bolsonaro, diz economista Doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e integrante do Levante Popular da Juventude, Juliane Furno;
– A operação Lava Jato do Rio de Janeiro deu mais um sinal de sua força política nesta semana, ao usar a força do Estado para atingir a quem considera inimigo político (publicado no jornal GGN);
Realmente a esquerda é um câncer que precisa ser extinto!!!
E eu, claro, não entendo nada de nada!!!
Boa Tarde
Sr. Adilson
Concordo numa coisa, a esquerda é um câncer que precisa ser extinto. Em relação ao restante do seu comentário, o arroz está sendo usado como bife expiatório, pela esquerda ou por pessoas que não entende que o problema está no mundo. Falta de conhecimento de muitos. Quem desapropriou os arrozeiros foi o Lula e deu as terras para os índios. Lembra.
Abs