2.521 leituras

A lenda de Maria Mercedes: a doce maranhense

Disculpa, pero esta entrada está disponible sólo en Portugués De Brasil. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Em uma pequena cidade do estado do Maranhão vivia a doce Maria Mercedes a única filha do senhor José Ferreira e a senhora Maria Ferreira, um casal íntegro plantadores de algodão.

E Maria Mercedes, era considerada a mais linda da cidade, com seus longos cabelos claros e seus olhos cor de mel, sua beleza e sua pureza era apaixonante, mas os Ferreira eram muito pacatos, uma família de poucas palavras extremamente religiosos, não muito ligados à modernidade.

Maria Mercedes já com 17 anos completos sempre pedia a seus pais permissão para ir a praça central da cidade, onde todos os jovens se confraternizavam e, muitas das vezes, peças regionais se apresentavam.

Mas o senhor José Ferreira tinha um ciúme extremo por sua filha e não permitia de forma alguma que Maria Mercedes saísse das cercas de sua pequena fazenda, a atitude do pai deixava a jovem Maria em profunda tristeza

Mas em um sábado pela manhã chega na pequena fazenda dos Ferreira uma prima de Maria Mercedes vindo da capital, seu nome era Júlia.

– Oi tio! Oi, tia! Quanto tempo hein, estava morrendo de saudade de vocês, e Maria cadê? Tenho muita saudade de Maria.

Os Ferreira não tinham muita simpatia por Júlia, pois corriam boatos na família que ela tinha reputação duvidosa e aquela forma a qual chegou na residência dos Ferreira. Toda bem vestida em seu automóvel mostrando ser uma mulher moderna e os Ferreira não estavam acostumados com as modernidades e não viam aquelas coisas com bons olhos.

– Que bom ter você aqui minha sobrinha, seja bem vinda, Maria está no campo plantando algodão, já ela vem!

– Algodão! Credo tio! A Maria Mercedes é uma menina linda, não deveria estar plantando algodão, ela tem que ir para capital ganhar o mundo!

– Não minha sobrinha, nós somos da roça, eu e meu velho, gostamos de Maria Mercedes aqui conosco, a vida dela é essa e ela gosta do campo.

Júlia percebendo que sua fala estava constrangendo seus tios, tratou logo de mudar de assunto! Seus tios eram pessoas muito boas e ela não queria magoá-los.

– Mas o que tem de bom pra comer tia! A senhora sempre foi uma ótima cozinheira, bem diferente de minha mãe!

E quando estavam conversando sobre os não dotes culinários da mãe de Júlia, eis que chega Maria Mercedes.

– Oi Maria! Quanto tempo prima…

Ao encontrar Maria Mercedes Júlia faz uma grande festa.

– Maria! Minha prima querida que saudades, como você está bonita Maria, olha mais parece uma modelo.

Na verdade Júlia nutria um gostar diferente com Maria ela sentia uma sensação pela prima, um gostar pouco conhecido pra época, ainda mais no agreste maranhense onde os Ferreira habitavam, ninguém conseguia ver as investidas de Julia, mas seu José Ferreira era um matuto desconfiado.

– Oi Júlia! Nossa menina quanto tempo, Você também está muito formosa, aquele automóvel lá fora é seu?

– Sim! Aqui no sertão do agreste a mulher não dirige! Mas na capital sim, vocês aqui são muito atrasados.

– Nós somos assim Júlia! Você é igual seu pai, pensa longe, meio destrambelhada, mas Maria Mercedes é como nóis da roça, ela nasceu na roça e vai morrer como nós na roça, e aí dela se me desobedecer!

A fala do senhor Ferreira já estava em um tom diferente ele mesmo matuto já estava percebendo algo diferente no olhar de Júlia para a pura Maria Mercedes.

– Vocês são muito diferentes de nós! Vocês gostam da modernidade nós não, ué nóis vive feliz muito feliz.

– Desculpa tio! Não quis ofender, o senhor é o tio que eu mais gosto!

Assim os Ferreira ficaram conversando por toda a tarde, relembrando tempos em que toda família ainda morava na roça, mas o senhor Manoel Ferreira, não gostava nadinha das atitudes de Julia! Ao contrário da senhora Maria Ferreira, o senhor Manoel era bem esperto e logo percebeu que Júlia não era uma boa companhia para sua filha.

– Olha! A noite já tá caindo e já é hora de nóis ir dormir! Júlia durma no quarto de Maria e você Maria durma no sofá! Amanhã nois acorda cedo pra ir pra roça!

O senhor Manoel Ferreira na verdade já estava querendo que Júlia fosse embora, mas por ser filha de seu irmão, aguentou ela debaixo de seu teto a contragosto. Mas no cair da noite, Júlia ouvindo a sinfonia de roncos de seus tios, de pontinha de pé vai até a sala e convence Maria Mercedes a sair com ela para se divertirem no centro da cidade.

E Maria Mercedes que nunca em sua vida tinha desobedecido seus pais, mas por influência de Júlia, desobedeceu.

No carro Julia começa a olhar estranho e coloca a mao na perna de Maria, cola seu rosto e… Maria grita e abre a porta entrando dentro da mata.

Ela chorava copiosamente no meio do imenso matagal apenas com o enorme céu negro de estrelas na sua cabeça, ela anda! Anda! Anda! Com o medo sendo sua companhia, não podia acreditar em quanta besteira tinha feito, sabia que seus pais jamais iriam perdoar.

Ela depois de passar o matagal, passa por um lugar inóspito, com o chão rachado e sem alguma vegetação por perto, só havia uma velha árvore doente com um velho baú ao seu lado.

Uma coisa muito estranha em um primeiro momento, pensou em mexer no baú mas desistiu, mas quando passou por perto da velha árvore uma terrível sensação, uma sensação do mal, uma coisa que ela não podia explicar.

– Meu Deus me proteja, o que é isso, que sensação horrível!

Ela passa pela árvore rapidamente e consegue avistar um grupo de rapazes que estavam em uma caminhonete. Eram eles: MARIANO GAGO, JULIÃO, JOÃO MARRETA E JOSÉ CIPRIANO, o último filho do coronel Gregório, José Cipriano recém chegado dos Estados Unidos era o jovem mais polêmico da cidade. Aprontava o que queria protegido por seu pai.

Maria se aproximou pedindo ajuda, ela mal sabia que tinha saído do fogo para cair na fogueira, agora sim ela estava em tremendo perigo.

– Por favor! Me ajudem! Socorro, eu estou perdida! Estou com muito medo!

Maria Mercedes estava chorando com seu vestido rasgado no meio do nada, e ainda com 4 jovens delinquentes, sua inocência não lhe permitia ver o tamanho da encrenca em que se metia.

– Sim claro! Vamos lhe ajudar! (risos)

O olhar de José Cipriano e os risos dos rapazes deixavam claro a real intenção. Maria como sempre muito ingênua não consegue ver maldade na atitude dos jovens

– Caramba vejo que precisa de ajuda! Vem entre na caminhonete, vamos lhe ajudar pode confiar.

– Muito obrigado!

Assim ela entra na caminhonete com os rapazes. Eles saem dali e entram em uma pequena rua de terra! Maria Mercedes pergunta o porquê daquele caminho, mas acaba sendo convencida que seria um atalho, mas quando vê onde estava, desconfiou.

– Uai! eu já passei aqui!

Neste momento os rapazes começam a agarrar Maria Mercedes, ela começa a gritar:

– Parem com isso! Me soltem!

Mas quanto mais ela pedia para eles soltarem, mais a agarravam e assim foi durante toda a noite, abusaram sexualmente de Maria por toda a madrugada, quase ao amanhecer jogaram a pobre jovem ao lado do baú embaixo da velha árvore, sem compaixão os jovens entram na caminhonete e vão embora.

Maria Mercedes já quase morta de exaustão, vendo que sua respiração estava à fraquejar, vendo que seu coração ia batendo cada vez mais lentamente, gritou por socorro.

– Socorro, me ajudem! Estou morrendo, eu quero viver.

Neste momento estranhamente aparece uma senhora do lado do baú, de unhas negras e face de terror se apresentando como Eloá.

– Minha jovem, Você quer viver? Meu mestre pode lhe ajudar

Sem saber o que estava acontecendo, qual força sobrenatural lhe perguntava, Maria Mercedes aceitou sem saber nada do que estava acontecendo.

– Sim! Sim eu aceito, quero viver, não importa o preço a pagar, eu quero viver, me ajude!

Ela estava destinando sua vida à escuridão, Maria não sabia que Eloá era uma mensageira do mal.

– Então você aceita, Ela aceita mestre

Neste momento Eloá põe a mão no ombro de Maria e uma coisa muito estranha acontece, Ela aparece sentada no sofá de sua própria casa sem marcas de violência, sem seu vestido estar violado, sem nada.

Em um certo momento Maria Mercedes achou que estivesse sonhando! Correu no quarto e viu que sua prima não estava, olhou no quintal e percebeu que o automóvel de Júlia também não estava.

Mas mesmo assim o “sonho” era o mais provável. Ela se senta no sofá já com o dia a clarear, olhou para sua sandália e viu que estava suja de lama. Mas ela sorriu…

Aquela garota doce ingênua de outrora não existiria mais, um mal cobriu sua alma, e agora ela quer vingança… O dia amanheceu e Maria Mercedes já sabendo que realmente teria sido abusada, as sandálias sujas de lama e lembranças da violência confirmavam o terrível acontecimento, ela se levanta e vai fazer café para seus pais, mas o senhor Ferreira ao vê-la logo notou a diferença.

– Quem é você que está aí com ela? O que você fez com minha filha?

Mesmo o senhor José Ferreira sendo um matuto, logo percebeu que um mal pairava sobre sua filha.

– O que pai! Uai, não sei do que o senhor está falando, para com isso! Venha! Pegue o café.

Assim começaram uma grande discussão na sala, o senhor José Ferreira afirmava que sua filha tinha profanado sua casa, e diante da confusão a mãe de Maria acorda e não consegue notar diferenças alguma em sua filha.

– O que foi homem! Deixe Maria em paz! E cadê Júlia? foi embora sem se despedir, o que você fez homem?

Em meio a uma grande confusão familiar eis que entra na sala um vento frio que arrepia a todos e os olhos de Maria Mercedes ficam negros confirmando tudo o que o pai tinha dito, Maria muda radicalmente seu semblante, o ambiente fica pesado, denso, o senhor Manoel Ferreira toma sua decisão.

– Vá embora! Aqui você não terá mais morada, me corta o coração falar isso, mas você não é minha filha, é o demônio, não iremos conviver com o mal, vá de reto e não olhe para trás espírito impuro.

Assim Maria Mercedes vai embora de casa desgraçada por seu próprio pai, o choro de sua mãe implorando que ela ficasse foram as últimas reações familiares que Maria deixava pra trás, agora Maria Mercedes tinha uma outra companhia, a vingança.

Andando pela pequena estradinha de barro Maria Mercedes olha o seu reflexo no chão exposto pela luz do sol e se apavora! Lá estava refletida a imagem de um homem de chapéu, confirmando as palavras de seu pai:

– Meu Deus, o que é isso?

Neste momento, o mestre apareceu para ela! Um homem grande esguio com pele pálida e olhos negros e um chapéu.

– Jamais fale essa palavra DEUS nada tem a ver com isso! O seu pacto agora é comigo você fará tudo o que eu mandar, ouça agora com atenção minha filha!

Maria Mercedes fica apavorada vendo a figura daquela criatura em sua frente.

– Mas porquê? aquela senhora não me explicou o que iria acontecer não quero fazer nada de mal, por favor me deixe em paz.

– Mas você não quer se vingar Maria? Não quer se vingar do seu pai que lhe expulsou e lhe jogou na rua a própria sorte? não quer se vingar dos homens que lhe violentaram? Nem de sua prima que desestruturou toda sua vida? lhe roubou toda a paz!

Dois dias depois, a mãe de Maria Mercedes ainda muito chorosa, com a saída de sua filha de casa, e decepcionada com seu marido pois não conseguia ver nele nenhum tipo de remorso, muito pelo contrário o ódio por sua própria filha tomava conta do senhor José Ferreira.

Já era noite e a senhora Maria Ferreira foi repousar com seu semblante triste, já o senhor José foi à varanda fumar seu charuto como era de costume muito diferente de dona Maria, José Ferreira não sentia nenhum sentimento de arrependimento e olhando para o horizonte falou:

– Maldita seja Maria que desgraçou minha família!

Neste momento ele olha para o canto da varanda em meio às imensas samambaias, vê que Maria Mercedes está de pé, mas totalmente diferente, seus olhos eram negros seu vestido que um dia foi branco estava fosco escuro, e suas unhas estavam negras, uma figura diabólica.

– Já falei que não lhe quero mais aqui! Não sei que espírito lhe possui mas aqui você não fica, Saia! Saia agora!

No dia seguinte a senhora Maria Ferreira acorda com barulhos de urubus brigando, uma coisa que ela nunca tinha ouvido, ela sai na varanda e grita.

– Meu Deus o que é isso José!!!! Não!!!!

Era José Ferreira decapitado, com sua cabeça cravada em uma estaca de madeira e seu corpo no chão sendo devorado por urubus. Mas era só o começo…

Praça central noite de São João, a morte do senhor José Ferreira de forma tão brutal fez com que todos na cidade acreditassem que um fantasma pairava sobre as fazendas, a histeria foi geral uns diziam ter vistos lobisomens, outros diziam ver vampiros, mulas sem cabeça, todo tipo de seres do mal era o medo do povo depois da morte do senhor José Ferreira. Era o primeiro dia da tradicional festa de São João, todos se reuniram na praça da igreja onde se fazia uma enorme fogueira e se festejava.

Direitos autorais de foto: https://www.todamateria.com.br/festas-juninas/

E por volta das 19:00 e a turma de José Cipriano estava na festa a fazer algazarras, todos eram grossos e inconvenientes, o padre da igreja com medo que a festa se tornasse uma bagunça foi a José Cipriano para repreendê-lo.

– José! Pare com essa bagunça! Você e seus amigos estão estragando a festa, comportem-se vocês não estão dando o exemplo!

E quando o padre da igreja estava a dar um sermão, eis que Mariano Gago toma um susto.

– Olha ali! Ali! É ela! É ela!

– Ela quem? Diga diacho! Quem? Quem?

– A moça! A moça daquele dia!

– Que moça? De quem vocês estão falando?

– Ninguém seu padre, Mariano Gago tá ficando louco, não esquenta com isso o senhor pode ir, não vamos mais bagunçar nada por aqui fica tranquilo.

– Ochi! Cadê o Julião? Tava aqui do meu lado! Sumiu.

De repente uma gritaria em volta da fogueira, todos corriam parecendo ter visto uma assombração, a turma de José Cipriano corre até a fogueira pra ver o que tinha acontecido, quando olham ficam horrorizados, era Julião com seus olhos arrancados ao lado da fogueira, uma cena tenebrosa.

– Eu falei! Eu falei! Foi aquela moça, aquela que agarramos, lembra? Ela virou um fantasma, eu vi! eu vi!

– Aquela moça frágil? Não é possível! José Cipriano cadê o Mariano Gago? Tava aqui agora, sumiu!

João Marreta e José Cipriano dão por falta também de Mariano Gago! Mas ao olharem para a caminhonete lá estava o que era Mariano Gago em cima do capô, apenas a parte inferior de seu tronco, as tripas a cair pelo para-choque o sangue ainda a jorrar.

A histeria era geral na praça, gritavam:

– É o demônio! É o lobisomem! Corram!

José Cipriano olha para seu lado direito e vê João Marreta já caído no chão sem a parte de sua mandíbula, era tudo em frações de segundos o sangue tomou conta da praça da igreja parecia ser o fim do mundo.

– José Cipriano corre! Corre incansavelmente e entra no milharal fugindo do meio da multidão apavorada. Mas no milharal onde achava estar seguro ao olhar para seu lado vê Maria Mercedes totalmente desfigurada, sua boca cheia de sangue de seus amigos.

– Por favor! Não me machuque! Quem é você? No que se transformou? e quem é esse aí ao seu lado! Meu Deus! Quem são vocês não! Não! Não.

O agreste maranhense tinha visto o capítulo mais sangrento de sua história! Pedaços de José Cipriano foram encontrados por toda parte da cidade! O cheiro de sangue impregnou a praça da igreja, mas a vingança de Maria Mercedes ainda teria mais um capítulo…

São Luís do Maranhão capital.

Na boate Nefertari, uma famosa boate da capital, Júlia e sua namorada Estela, estavam a curtir mais um sábado típico década de 70 com bastante dança e bebida, mas aquele sábado não seria como de costume, a namorada de Júlia foi ao banheiro e voltou assustada.

– Nossa, Júlia!! Acabei de ver no banheiro uma moça estranha! Um rosto sofrido um vestido surrado estava procurando por Júlia, por um momento pensei ser você!

– Deixa de bobeira Estela! Aqui é uma boate, tem gente de todo jeito, e deve ter uma dezena de Júlia aqui.

– Não! Aquela moça era diferente, fiquei com uma sensação muito ruim!

As duas ficaram a dançar sem dar muita importância a aparição da moça estranha no banheiro, não significava nada para Júlia.

– Ahhhh! A moça disse que seu nome era Maria Mercedes!

Neste momento Júlia para de dançar e já com sua perna trêmula pergunta: – Como? Qual era o nome dela?

– Maria Mercedes, mas porquê você está assim? Quem é ela? Você conhece?

– Acho que sim! vem, vamos embora agora! Acho que é minha prima do interior.

Júlia chama sua namorada para ir embora, mas antes que pudessem chegar a porta da boate as luzes apagam, causando uma imensa gritaria no salão. As luzes voltam e Julia está no chão sangrando ferida na garganta.

– Socorro! Socorro! Júlia está ferida! Está perdendo muito sangue.

E mais uma vez as luzes se apagam misteriosamente, e ao ascender Júlia está com mais um ferimento, mas dessa vez no braço direito, e mais uma vez perdendo muito sangue.

– Meu Deus o que é isso! Socorro minha namorada está ferida, ajudem!

E pela terceira vez as luzes se apagaram, mas…

– Quem é a senhora?

– Meu nome é Eloá, eu vejo que você está perdendo muito sangue, Logo entrará em coma, e você vai morrer, Mas posso mudar isso, Você quer viver?

Eloá o anjo mal, a seduz e conquista mais uma alma para seu mestre, Ela fica ao lado de Júlia esperando sua resposta:

– Não fale nada Júlia! Essa mulher é estranha!

– Qual a sua resposta Júlia?

– Sim! Eu aceito!

Meu nome é João Damaceno, moro em Santos, no litoral de São Paulo e sou Mecânico Industrial e escritor.

A lenda de Maria Mercedes: a doce maranhense
Avaliação: 3.7 estrelas
Total de votos: 3

One thought on “A lenda de Maria Mercedes: a doce maranhense

Deja un comentario

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *